Por: Thalinne Mafra
Título: Os Filhos de Húrin (Narn I Chîn Húrin)
ISBN: 9788578271985
Autor: J. R. R. Tolkien
Ano de publicação: 2009
Editora: WMF Martins Fontes
Página: 338
Sinopse:
Antes da lendária era de O Senhor dos Anéis, um poderoso espírito dominado pelo Senhor do Escuro ameaça a vida dos Filhos de Húrin.Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro, habita na vasta fortaleza de Angband, ao norte; e à sombra do temor de Angband e da guerra travada por Morgoth contra os elfos, o destino de Túrin e de sua irmã Niënor serão tragicamente entrelaçados.A vida breve e apaixonada dos dois irmãos é dominada pelo ódio visceral que Morgoth sentia por eles, os filhos de Húrin, o homem que ousara desafiá-lo frente a frente. Contra eles, Morgoth envia seu mais terrível servo, Glaurung, um poderoso espírito na forma de um enorme dragão de fogo sem asas, numa tentativa de cumprir sua maldição e destruir os filhos de Húrin.
Esse livro traz a versão expandida da trágica
história de Túrin Turambar e sua irmã Niënor Níniel, este conto também está
presente no Silmarillion e nos Contos Inacabados, bem como no ainda não
traduzido The History of Middle-earth.
A sina dos irmãos começa quando seu pai, Húrin,
parte para a Nirnaeth Arnoediad, a Batalha das Lágrimas Sem Conta, na qual
diversos exércitos dos elfos e dos homens entraram em batalha contra Morgoth em
Angband. Húrin é aprisionado e levado para Angband, pois Morgoth acredita que
ele sabe a localização dos portões de Gondolin, onde residia Turgon, seu
principal inimigo, que se tornara rei dos Noldor com a morte do irmão na
batalha. Húrin, no entanto desafia Morgoth e o enfrenta. Como vingança, Morgoth
lança uma maldição a ele e a toda a sua família, e o condena a ver e ouvir tudo
o que acontecer a partir de então.
"E Morgoth, estendendo o longo braço na direção de Dor-lómin, amaldiçoou Húrin e Morwen e sua descendência, dizendo: - Vê! A sombra de meu pensamento há de jazer sobre eles aonde quer que vão, e meu ódio há de perseguí-los até os confins do mundo." Pág. 67
"- Já que mencionaste - disse Morgoth. - Eu sou o Rei Mais Velho, Melkor, o primeiro e mais poderoso de todos os Valar, aquele que existiu antes do mundo e o fez. A sombra do meu propósito está sobre Arda, e tudo o que está nela curva-se lenta e seguramente à minha vontade. Mas sobre todos os que amas, meu pensamento há de pesar como uma nuvem de perdição, e há de rebaixá-los à treva e ao desespero. Aonde quer que vão, o mal surgirá. Quando quer que falem, suas palavras hão de trazer mau conselho. O que quer que façam, há de se voltar contra eles. Hão de morrer sem esperança, amaldiçoando ao mesmo tempo a vida e a morte." Pág. 68
Por longos anos o filho mais velho de Húrin, Túrin,
viveu em paz entre os elfos de Doriath, até que uma série de acontecimentos o
afasta de lá e o leva a uma vida de proscrito. A partir daí, as palavras de
Morgoth o encontram e ele passa a sofrer a sina do seu destino, deixando um
rastro de desgraças por onde passava. Passou a viver com os elfos de
Nargotohrond, onde teve seu primeiro encontro com o dragão Glaurung. Com suas
palavras maldosas e seus feitiços, Glaurung confunde Túrin e desvia seu
caminho, fazendo-o se enredar ainda mais na maldição de Morgoth.
Nessa mesma época, Niënor e sua mãe, Morwen,
resolvem partir para Doriath. Ouvindo os rumores do que havia acontecido a
Túrin, as duas abandonam a proteção dos elfos e partem em sua procura. Na fuga,
são seguidas por um grupo de elfos que tenta levá-las de volta, mas o grupo é
atacado por Glaurung, que reconhece Niënor e lança nela seu feitiço. A moça
perde a memória e foge do grupo, sendo encontrada vários dias mais tarde por
Túrin.
Quando os dois irmãos finalmente se encontram, a
maldição de Morgoth se completa.
Narn I Chîn Húrin é uma das principais lendas da
primeira era da Terra-média, sendo mencionada como a mais longa das baladas da
época, embora o livro seja escrito em prosa. É uma história muito bonita,
apesar de ser também muito triste.
O estilo de escrita de Tolkien é rebuscado e se
assemelha ao de textos bíblicos, o que dá ao leitor a sensação de estar lendo
um escrito religioso. Apesar disso, não é um texto cansativo e a história
prende bastante.
O Narn é ricamente ilustrado pelo Alan Lee e conta
com um apêndice escrito por Christopher Tolkien, glossário, nota sobre a
pronúncia, genealogia e mapa, para ajudar o leitor a acompanhar a história e
contextualizar com os acontecimentos da Terra-média que ocorrem como plano de
fundo.
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